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Desen{terra} Oi o meu nome é insegurança

  • Foto do escritor: desenfresca
    desenfresca
  • 20 de fev. de 2023
  • 6 min de leitura

Atualizado: 22 de fev. de 2023

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Texto original publicado em 10 de dezembro de 2017

Vamos a mais um texto que eu já havia publicado aqui, mas hoje comento em preto o que escrevi anos atrás (com a cor vermelha:)


Eu sou a Giovanna, não escrevo aqui há meses, tenho escrito e não publicado vários textos, mas estou decidida a postar todas as coisas que venho escrevendo. O título tem tudo a ver com tudo que tenho para falar aqui, insegurança é realmente uma coisa que me assombra e me acompanha há muito tempo, odeio isso, não sei como me livrar, e a cada dia vem ficando pior. São varias coisas: corpo, curso, profissão, futuro, incapacidade emocional, instabilidade emocional, incapacidade de aceitar coisas boas que eu mesma faço, e por aí vai.

A primeira coisa que preciso comentar sobre os meus textos antigos é que eu era uma pessoa TÃO triste, nossa senhora, como eu não percebia a ruindade da presença de várias pessoas que circulavam a minha vida. Praticamente não encontrei nenhum texto feliz, era só tristeza, ansiedade e crise de pânico...


Vamos começar pelo curso, porque sobre o corpo, escrevi um texto há uns dois meses sobre isso. O curso, gente, complicado, descobri que chegar na universidade é completamente diferente do que eu esperava, curso jornalismo, achei que ia chegar lá e ia aprender a escrever, matéria, notícia bombástica, vários furos, e várias outras coisas. É, não aconteceu, não estou aprendendo isso hehehe, as introduções são importantes, tenho introdução à sociologia, filosofia, antropologia, e no próximo semestre também, estou apenas me conformando que faz parte até chegar nos finalmentes. Mas assim, descobri que o problema todo é meu incontrolável imediatismo, quero tudo para já, não aguento esperar (não isso, quero logo descobrir o que quero). Sou muito metódica com algumas coisas na vida, planejo tudo, com idades, lugares e pessoas, e eu não gosto de mudanças, odeio mudanças na verdade, odeio experimentar comidas, não escuto bandas e cantores novos, e juntando tudo numa frase só: odeio sair da minha zona de conforto, muito. (Minha nossa, eu ainda sou imediatista, mas é bom ver que eu evoluí em diversos aspectos, Amém). E todas essas coisas vão fazer sentido até o final do texto, mas voltando para a insegurança: de uns tempos para cá isso tomou conta de mim, nas horas de apresentar seminário por exemplo, eu nunca tive vergonha ou medo de apresentar, mas agora falo correndo, atropelando as palavras, isso me incomoda muito, porque enquanto a Giovanna tá lá fazendo essas cagadas, tem uma Giovanna interna esculhambando “por que raios tu tá fazendo essa cagada???” enquanto uma outra Giovannazinha, a do mal, só me sabota. E isso é só a cereja no topo as cagadas que eu venho fazendo comigo mesma. Um dia um amigo me falou “meu Deus eu me saboto muito nesses trabalhos” e ai vi que eu também. Fico pensando, no por quê disso acontecer, por que a gente se sabota? (Chegou a campeã da autosabotagem em relacionamentos, mas pensem numa pessoa traumatizada, viu. Vejo que melhorei muitos aspectos, e que é necessário passar por algumas dores para crescer e aprender a lidar com a vida, e as situações como um todo) O que a gente ganha fazendo isso com a gente? Nada, a gente não ganha nada e a gente só piora as coisas, piora tudo, só que eu não sei como fazer isso parar, eu não sei mesmo, e aí eu fico culpando o curso, não culpando o curso em si, mas culpando a escolha que eu fiz, será que na licenciatura não estaria tudo mais fácil? Eu também não sei. Me sinto um poço de dúvidas e imaturidade agora que estou na faculdade. (Ô meu amor, você nem via o tanto de maldade ao seu redor, e como essa época foi cruel e difícil e afetou muito a minha saúde mental. Tinha uma pessoa que amava me diminuir, por pura brincadeirinha de ruindade, e eu nem percebia como isso me afetava, frases como "assessoria nem é jornalismo", e vários outros pontos tão tristes. Fico muito mal ao lembrar que me deixei ser ferida tantas incontáveis vezes, mas que bom que me livrei de boa parte desses sentimentos, e hoje em dia os traumas estão sendo sanados, aos poucos, mas estão.)


Eu acho muito maneiro quem entrou na faculdade decidido, ou até mesmo quem entrou com umas dúvidas aqui e outra acolá, mas viu que o curso era incrível e era tudo que você queria na vida. Eu queria sentir essas coisas com tudo que eu faço, porque fico vendo uns discursos nos shows do RBD que são muito inspiradores, como o da Dulce no show do Rio em 2006 antes de cantar No pares. (Ainda bem que eu estava lá, porque eu com toda certeza do mundo teria me arrependido, o jornalismo sempre me escolheu, eu só tinha medo por não ter ideia da dimensão maravilhosa que ele me proporcionaria) SÓ QUE EU NÃO CONSIGO!!! Estou em uma fase de ouvir mil vezes o discurso da Anahi antes de cantar algun día na Espanha, ela fala assim “Eu não sei se vocês acreditam na magia, eu não sei se vocês acreditam em tudo que eu acredito, e vocês sabem no que eu acredito, e ás vezes algumas pessoas zombam de mim pelas crenças que tenho, como essa (a tatuagem do Peter Pan) eu realmente acredito em fadas. Como pode ficar mal nesta vida, como pode ficar triste se alguém acredita em você? A única coisa que quero dizer à vocês é que nunca permitam que por nada nem por ninguém, deixem de acreditar em vocês mesmos ok? Acreditem no que quiserem, mas acreditem, acreditem de verdade, se vocês acreditam é possível. E eu os prometo que se em algum momento vocês se sentirem tristes ou cabisbaixos, tudo vai mudar, algum dia.”(E ainda bem que eu aprendi. Obrigada RBD por me ensinar tanto, e por sempre sempre estar comigo através da sua aarte, mal posso esperar para viver isso em novembro) E eu tenho me prendido a ouvir esse discurso mil vezes, até eu aprender sabe? Ando com a autoestima no saco, e a insegurança vem daí. Eu não sei como vocês que estão lendo isso se sentem com vocês mesmos, na verdade eu acho que não sei nem como eu mesma me sinto comigo mesma. Acho as vezes que a solução é sumir por umas semanas, sozinha, e repensar em tudo que aconteceu, fazer mais planos e voltar pra realidade só quando já tivesse todas as respostas que preciso. Infelizmente não dá, ou será que nesse final de semestre rola? Eu não sei...(Jesus que ódio por eu ter me deixado tão sozinha nessa época, que sensação de impotência ler essas coisas e lembrar de como eu era uma pessoa opaca, sem brilho nos olhos e sem noção do quanto eu me magoava para agradar outras pessoas).


Gente eu estou tendo sérios problemas na hora de escrever as coisas sabe? Só que assim, eu sei que quando escrevo sobre essas coisas me sinto melhor, só que ando tão confusa que tudo que escrevi durante esse tempo longe do blog está assim, confuso, sem resposta e sem conselho, e é por isso que eu não tenho publicado meus textos aqui, me sinto insegura. Será que as pessoas vão ler? Ta, supondo que sim, será que vão entender o que estou querendo dizer? AÍ EU JÁ NÃO SEI SOS. E ai quando vejo alguém passando por essas coisas a minha reação é desesperadamente subir a autoestima da pessoa, é claro que você não é um bosta, você é uma pessoa incrível, caramba você escreve/fala/apresenta tão bem... Só que no fundo no fundo eu só queria que essas coisas fossem reais comigo, mas não acho que seja. Enfim gente, nos próximos textos vocês vão ver um pouco mais do que aconteceu durante esse tempo que estive longe, e de acordo com o tempo, os textos vão ficando menos confusos porque eu vou passar a entender algumas coisas e aí acho que vou poder fazer conclusões melhores.


Eu fico muito emocionada em ver o quanto o blog sempre me ajudou a nunca desistir dos meus sonhos, e nunca desistir da minha essência, isso me conforta, apesar de ver toda a dor que eu passava e ainda não tinha ideia de como isso pioraria meses depois. Pouquinho tempo depois desse texto passei mal com uma crise de pânico tão pesada que entrei no hospital na área urgente. Terríveis momentos. Obrigada blog e verdadeiros amigos por nunca me deixarem sozinha, mesmo quando eu achei que morreria.

Eu senti muita falta daqui.


Obrigada Giovanna de 19 anos por nunca ter desistido, sem você eu não estaria aqui.

 
 
 

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