Eu preciso contar uma coisa!

Vocês não vão acreditar, mas:

EU FUI PARA A MINHA COLAÇÃO DE GRAU! Eu fui sim, e me diverti horrores. Queria falar para vocês sobre essa experiência, e resumindo: eu não consigo explicar a sensação que foi subir ao palco para receber meu diploma!

Eu sou uma jornalista diplomada, e a cerimônia aconteceu no último dia 18, de forma presencial na Universidade federal de Roraima (UFRR) ~SIM, comecei a escrever um lead aqui só para fazer graça~

Acabei participando de todas os momentos pré formatura: teve fotinha, prova de beca e várias coisinhas que até a semana passada eu estava zero empolgada, mas acabei me foçando (e tendo um empurrãozinho da galera) para participar de tudo. E foi uma experiência legal.

Me encontrei no jornalismo, então essa muito provavelmente será a única cerimônia de graduação que eu participarei. A partir de agora apenas especializações na área, mas outro curso acho muito muito difícil.

Antes de falar sobre essa etapa final, eu gostaria de falar sobre a minha jornada adolescente para chegar até aqui: quando entrei no ensino médio, em 2014, comecei a prestar vestibular, e por isso fui bombardeada de informações que me deixavam muito confusa sobre o que fazer no futuro. As pessoas cobram muito para que adolescentes de 15, 16 anos saibam projetar como estarão aos 30.

Como já escrevi aqui outras vezes, o futuro me trazia muito medo nesse quesito profissional, pois o que falavam da área que eu me interessava era terrível.

Fiz testes vocacionais inclusive com turmas de psicologia, que só constatavam que as áreas que eu me interessavam eram as que eu me encaixava, Mesmo assim decidi fazer uma lista de cursos que eu faria, para ver se concordavam comigo e aprovariam minha escolha. E até então a segunda opção era história, então as opções eram ser jornalista ou professora, tudo que a sociedade não recomenda.

Peguei no site da UFRR a lista de cursos que os vestibulares anteriores ofertaram, e aí saí eliminando o que eu não faria de jeito nenhum, até sobrar as possibilidades, e não sobraram muitas coisas! Lembro que deixei na lista Engenharia Civil, e até hoje me pergunto o porquê! Se tem uma coisa que eu não faria, essa coisa seria curso na área de exatas! Eu preciso criar, pensar e imaginar, coisas irreais mesmo! Mas lembro exatamente o motivo de ter deixado na lista que era e é o fato de eu achar uma profissão sensacional, parece muito interessante, mas não é a minha praia. Então morremos na mão das áreas de humanas, e naquela lista tinha: jornalismo, história e ciências sociais.

Lembro de próximo ao vestibular entrar no carro perguntando à minha mãe se ela ficaria muito decepcionada se eu escolhesse o jornalismo.

Vocês devem estar se perguntando o que tão ruim poderia estar me afastando dessa área, então eu conto para vocês:

Me diziam que eu jamais arrumaria um emprego

Que eu não iria ter dinheiro para comer

Que era um curso fácil e por isso eu iria querer fazer, em vez de escolher a tão sonhada medicina

"Não tinha outro curso melhor não?"

E por aí ia!

Um dia, a maravilhosa Tarsira foi à escola para uma palestra, e lá ela me fez chorar. Falou com amor e carinho sobre o jornalismo, sobre como podemos mudar a sociedade, e o poder do jornalismo feito com responsabilidade por quem sabe e gosta. É, não tinha jeito, ele tinha me escolhido!

Prestei vestibular, fui aprovada!! Foram anos na graduação, e cada vez que pegava textos difíceis para ler eu pensava nas pessoas que falavam com deboche e desprezo sobre o jornalismo, algo do tipo "ai malditos, vocês me prometeram que seria um curso fácil, CADÊ?"

Foram anos legais. Nunca pensei em estudar online, veio a pandemia e olha só o Ensino Remoto Emergencial (ERE) me fazendo pagar a língua, e mais: preferir o virtual, mesmo com todos os micos que passei durante o período. Foram descobertas importantes durante esse período, sobre como não deixar o microfone ligado, por exemplo!

Bem, eu gostaria de agradecer por todos os professores que me fizeram acreditar no poder que o jornalismo tem e a importância diária na sociedade, eu sou muito feliz por a cada dia conhecer e me apaixonar ainda mais sobre os sonhos que o jornalismo me proporciona a sonhar.

Sonhar. Talvez essa seja a palavra! Sonhos movem corações bons e cheios de esperança. Acho que me encaixo nessa, e fico muito feliz por isso!

Quero agradecer às pessoas que estiveram comigo durante este processo, em especial Winara e Maria Fernanda. Vocês sabem bem os perrengues que passamos até nos tornarmos amigas e passar por isso juntas. Choros, desesperos e sonos perdidos tentando entender problemas ambientais e como solucioná-los. TCC? Valei-me! Não consigo contar quantas vezes uma segurou a outra e falou "VAI TERMINAR ISSO AQUI SIM".

Obrigadas pelos nossos almoços mensais, e por favor, não vamos parar de fazer isso, eu amo amo amo a companhia e vocês. Tenho tantas fofocas para atualizar!

Agora às pessoas que estavam comigo durante a cerimônia: obrigada por estarem lá, por celebrarem comigo esse momento que eu nunca, jamais, vou esquecer! Eu amo vocês. Obrigada por estarem tão presentes na minha vida, nos melhores e nos momentos muito bizarros. Todos vocês, meu irmão, meus primos e meus melhores amigos, vocês são ótimos. Aos que não foram, vocês estavam no meu coraçãozinho, em cada passo que dei naquele auditório!

Sim, eu formei! Apesar de tudo que tem acontecido, eu me diverti tanto naquela noite, e às vezes fecho meus olhinhos e sinto toda a sensação de "fim bem feito" que senti naquela noite. Foi muito especial! Estou feliz. E diplomada.

Passos importantes, sigo seguindo. Estou orgulhosa de mim. E por último eu queria dizer que eu agradeci ao blog neste processo, porque eu sei QUÃO IMPORTANTE essa plataforma é na minha vida.

Sim, Desenfresa, você também veio de um sonho, um sonho clichê adolescente, para entender e lidar com os sentimentos da vida de uma menina com o coração e a mente cheios de imaginação a serem exploradas, comecei me interessando pela escrita pensando em finais diferentes para as coisas, recontando mil vezes o que eu lia na escola.

Sonhei com duas Giovannas: uma delas estava deitada e a outra gritava DESENFRESCA GIOVANNA, daí o nome! Te tenho tatuado, cheio de estrelinhas, que representam meus sonhos e ideias. Obrigada mesmo por todos os locais que você já me levou, e as pessoas incríveis que eu conheci. Obrigada à você que sempre tira um tempo para pensar e sonhar comigo!

Estou grata, feliz, e com muitas histórias na cabeça! <3