Uma dúvida: o parque de diversões
- desenfresca

- 15 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
Hoje vamos visitar um parque de diversões.
Eu sempre gostei, mas mais da vibe do que dos brinquedos em si. Provavelmente porque cresci ouvindo da minha mãe que quebraria o pescoço se brincasse em alguns brinquedos, nunca cheguei a ir em vários deles por medo até hoje.
Ok. Noite de diversão. A emoção de conhecer novas experiências, e torcer para que algum me deixe com borboletas no estômago, para quem me conhece sabe o quanto eu gosto dessa sensação. Tenho sentido saudade de sentir algo assim, has been a long time since...
A roda gigante nunca tinha sido uma possibilidade, até um tempo atrás quando eu subi em uma pela primeira vez e achei que morreria e acabaria com tudo. Só que, felizmente, não acabei. Parafrasear Hannah Montana seria muito brega? A vida é uma escalada, mas a vista é ótima...
Pois bem
Os brinquedos num geral me assustam, e me parecem ter o mesmo objetivo. Procurei em todos e escolhi o que achei que me faria mais feliz. Num geral achei que morreria de medo, mas eu estava meio certa, os brinquedos praticamente todos me apavoram, e eu tinha motivo para me sentir insegura em cada um que me aventurei. Num geral o problema deve estar em mim, eu provavelmente não sou uma garota tão corajosa, ou algo assim.
Acontece que eu passei anos sem frequentar um parque de diversões, e como sou uma mulher bem grandinha achei ser a pessoa mais destemida que já conheci, e no final acho que sou mesmo. Eu quero dizer que eu enfrentei meus medos e dei uma chance à roda gigante. Olhar para cima ainda me assusta, e num geral eu não sei escrever como me sinto em relação a tudo isso.
Quer dizer, é uma decisão complicada. Subir ou não subir, descer e ir embora? Dar meia volta, e depois mais uma meia volta. A vida é tão complicada, decisões são difíceis, e eu tenho um coração muito bom, o que não sei se me ajuda ou mais me atrapalha. Mas confio na minha intuição. Vi meu horário favorito esses dias, isso para mim é um bom presságio, e sempre me conforta quando aparece. Eu fico feliz.
Ao final do dia eu decidi apenas dar meia volta e vir para casa. Estou cansada de me sentir insegura, e perdida. Mas eu tenho vinte e tantos anos, aparentemente é a fase para se sentir perdida. E eu realmente estou fazendo isso. Quem diria que A place in this world ainda faria tanto sentido nessa idade?
Eu me sinto numa situação meio estranha, e vou esperar o mundo me dar os sinais que preciso. Afinal, a roda gigante é um brinquedo legal, assustador, mas legal.
Acho que a melhor parte de tudo isso é sentar e ver as luzes. As luzes me encantam e me trazem paz, criatividade e me conectam com uma Giovanna que eu queria que estivesse muito mais presente em mim, mas ela não está distante. O cheiro de pipoca, um pouco de brisa fresca, música de qualidade duvidosa, e provavelmente parafusos enferrujados. Tudo parece estar no local onde deveria estar. Eu gosto de perceber as coisas no local delas. Me leva a um certo espírito de tranquilidade.
Eu cresci vendo comédias românticas pintando parques de diversão como se fossem a coisa mais clichê e adorável do mundo, só que de pertinho não são tão seguras e adoráveis como nos filmes. São boas, mas não totalmente seguras. Afinal, o que é né?
Acho que quero pipoca e luzinhas coloridas! Todos prontos para o parque de diversões?





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