Vou contar uma história de amor - mas tem um final ruim - final

Me apaixonar por você foi a melhor coisa que podia ter me acontecido, eu sempre acreditei em romances, mas desta vez era diferente, pois eu vivia um.

Apesar de tudo, não consigo me arrepender um segundo sequer pelas escolhas que tive ao longo dessa jornada cheia de altos e baixos. Elas me trouxeram até aqui onde estou hoje, podendo virar para trás e pensar que nos livramos de um romance que jamais daria certo, e entender que por mais perfeito que as coisas pareçam, nada é perfeito de verdade, senão seriam apenas histórias em um blog, ou em um filme com a Jennifer Garner.

Olhar para trás hoje é como respirar fundo um ar puro e com cheiro de matinhos molhados, paz e tranquilidade ao saber que você não seria o responsável por quebrar o meu coração em bilhões de pedaços, porque eu entendo que tudo não passava de conforto. Você e eu fomos algo confortável até certo ponto. Até você conhecer alguém que não te gerava uma ansiedade desnecessária, e você podia ser feio e esquisito o suficiente para não atrair olhares de julgamento. Você encontrou tudo aquilo que sempre sonhou, e eu fico feliz de verdade.

Como já falei antes, o amor, ou seja lá o que era, era uma venda, e eu te via como o cara dos meus sonhos, que você de longe era o mais diferente possível. Mas eu via o que queria ver. Contar essa história hoje é uma sensação estranhamente boa, porque você entregou nas minhas mãos um prato cheio, de uma receita que eu faria de olhos fechados. Mas não vou te dar o mérito, porque o poder é meu! E eu descobri que isso é sensacional.

Para mim a melhor parte de tudo foi o fim, porque eu vi você mais uma vez seguir, e ficar só me trouxe paz. Respirar brisas frescas ao final do dia sabendo que não cometi, o que seria provavelmente o pior erro de todos, tentando algo que jamais daria certo. Eu te odiaria se te conhecesse, e vice-versa. Como que pode? Eu te pintei nas cores mais belas que já tinha visto, e você na verdade era branco, sem vida, sem graça e sem alegria. Branco.

Eu nunca soube que vomitar tudo em um caldeirão e trancar ali seria a melhor decisão, e nunca, jamais deixar que alguém soubesse como eu me sentia, porque nem eu sabia.

"que raios de aviso é este que o destino

está dando, eu realmente não entendo. Sinto que temos ou tivemos uma ligação de outra vida, como se já nos conhecêssemos. Você disse sentir saudade, parecia tão empolgado em falar comigo, criei muitas expectativas e aí foi o problema.

Depois de dois ou talvez três dias, você aparece simplesmente apaixonado e namorando? Isso não faz

sentido nenhum, você disse "sempre lembro de você/saudades/achei que nunca mais conseguisse falar

com você". O que você quer que eu pense?".

Eu disse no começo que sempre fui dramática e me encaixava em um clichê que eu ainda não tinha visto, e eu estava certa. "Eu jamais, em nenhum pesadelo imaginaria que você seria capaz de fazer isso comigo, me enganar ou omitir coisas, isso realmente me quebrou". As aspas fazem parte do que eu prometi jamais deixar você saber. E assim passaram-se o quê? 15 anos? A vida sorriu para mim, e sorriu para você, com um doce destino bem distante.

Eu disse também que não seria um final bom, e realmente apenas a Jennifer Garner seria capaz de transportar essa história para um clássico das telas. Eu realmente a adoro. Só que seria como Rachel e Joey, >totalmente sem química< sem amor, sem graça, sem sal, e novamente sem cores. E esse era o Adão na minha vida, e eu na vida dele. Jamais seria uma história de amor, essas envolvem outras coisas, como dias marcantes, cheiros de chuva, e sucos deliciosos.

Se eu fechar os olhos conseguiria descrever o que acharia ideal, e que provavelmente não será vivido por você, nem por mim, apenas pela Jane. E eu não sei dizer o que o amor seria, mas absolutamente isso aqui não era. Eu não quero nunca que o amor me cegue, nem me deixe idealizando alguém que não existe. Se um dia acontecer, espero sentir cores vibrantes, e com certeza com lilás e tons de roxo no fundo, são as cores que me trazem conforto e alívio.

Após os 30 eu já não espero um amor repleto de surpresas, altos e baixos. Estive cansada nos últimos oito anos de tantas experiências cansativas, mas no começo me pareciam ótimas ideias. Ainda não casei e não me sinto obrigada a fazer isso tão cedo. Nunca, jamais será por obrigação. Qualquer dia prometo retornar e contar as histórias de amor que vivi com um rapaz europeu em férias de verão. Garanto uma história típica de filmes da Sessão da Tarde. Acredito ter sido a última experiência de algo próximo ao amor que vivi. Há também as dificuldades em ser uma mulher tranquila, aparentemente, mas este é outro box, outra história e outra estação. Em um dia de primavera conterei aos mínimos detalhes.

Com todo carinho que pude sentir, se existisse, Carolina.

Observação: essa história pode ou não ser verídica. Pode ser meio verídica, mas pode ser a maior mentira também.

Observação 02: pode ser que eu continue e pode ser que eu nunca mais volte a essa história.

Observação 03: O Adão tem me dado um trabalhinho, mas vem aí a parte 04, e eu espero conseguir arrancar umas lágrimas de vocês. Na próxima segunda-feira, às 08h

Considerações finais: Minha gente, que dificuldade que foi esse mês, viu! Um desafio e tanto, e estou feliz com o final (e que ele tenha chegado também. A Carolina surgiu pra mim em meio a muitos pensamentos, e mal posso esperar para conversar um pouco mais sobre o processo de criação e desenvolvimento dessa história. Vou soltar um spoiler aos leitores que chegarem até aqui: se tudo der certo, ao longo das minhas férias do (outro) trabalho inicio as gravações pilotos do podcast. Ainda mais que hoje pensei em um nome TERRÍVEL HAHAHA e eu estou muito empolgada em compartilhar isso com vocês.

POR ISSO: me deixem sugestões do que vocês gostariam de ver por lá, o tipo de conteúdo, e quais histórias não podem faltar! Um beijo, Gio!<3